O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, destacou o trabalho realizado pela atual gestão para a assinatura do TAC
Eliane Carvalho / Governo do Estado
O Governo do Estado e o Ministério Público assinaram nesta sexta-feira um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com a Petrobras, no qual foi oficializado o investimento de R$ 814,5 milhões para a região do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), que compreende os municípios fluminenses de Itaboraí, São Gonçalo e Cachoeiras de Macacu. A cerimônia, no Palácio Guanabara, contou ainda com as assinaturas do presidente da empresa, Roberto Castello Branco, do procurador-geral de Justiça, José Eduardo Gussem, do promotor de Justiça, Tiago Gonçalves Veras Gomes, da secretária de Estado de Ambiente e Sustentabilidade, Ana Lúcia Santoro, e do presidente do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), Claudio Dutra.
“A assinatura deste TAC é fruto da nova diretriz que o Governo de Estado tem praticado. É preciso que os processos sejam encerrados e que nós possamos contribuir da melhor maneira possível. As regiões beneficiadas são muito importantes para o estado. Voltou a vontade de investir no Rio de Janeiro”, afirmou o governador Wilson Witzel.
Com este recurso, o Governo do Estado, através da Secretaria de Ambiente e Sustentabilidade, desenvolverá ações nos setores de mobilidade urbana, habitação e saneamento básico nas cidades da Região Metropolitana. O TAC teve por objetivo minimizar os danos causados nos âmbitos ambiental, social e econômico causados pela descontinuidade das obras do Comperj.
“Este ato marca uma nova fase da recuperação do Estado do Rio de Janeiro e permitirá benfeitorias nas áreas sociais, de mobilidade e habitação, entre outras. Dos cerca de R$ 800 milhões totais, pelo menos R$ 300 milhões serão destinados exclusivamente para ações ambientais, como, por exemplo, a restauração florestal de uma área equivalente a 660 campos de futebol. Os recursos ainda vão contemplar ações de saneamento básico e viabilidade hídrica, em Itaboraí e adjacências, segmento que garante a qualidade de vida da população. Além de importante para a economia local, é uma oportunidade de geração de emprego e renda”, explicou a secretária Ana Lucia.
Comperj - De acordo com a Petrobras, as obras de construção do Projeto Integrado Rota 3, em Itaboraí, seguem avançadas, com o objetivo de ampliar o escoamento de gás natural dos projetos em operação na área do pré-sal da Bacia de Santos. A unidade de processamento de gás natural (UPGN) será a maior do país, com capacidade de processamento de até 21 milhões de m³ por dia. A previsão de início de operação é 2021.
“Nós, da Petrobras, estamos desenvolvendo todos os esforços possíveis para gerar recursos que financiem investimentos em nosso negócio principal, que é a exploração e produção de petróleo e gás. E, neste contexto, o foco é o estado do Rio de Janeiro, que receberá entre este ano e 2023, 54 bilhões de dólares em investimentos. No Comperj, estamos investindo na Rota 3 e Unidade de Processamento de Gás Natural, de investimento total de 4 bilhões de dólares. Hoje, temos 4.500 pessoas trabalhando no local e 90% delas foram recrutadas na região de Itaboraí. Ano que vem, teremos 7.500 pessoas”, afirmou o presidente.
Para o procurador-geral de justiça do MP, José Eduardo Gussem, a assinatura do TAC só foi possível graças ao diálogo conjunto entre as três partes.
“Este é um momento de mudança de postura da relação das instituições com a conformidade, com o compliance, com a ética, além da integridade e transparência. A mudança de postura do Governo do Estado foi fundamental e contribuiu significativamente para que pudéssemos chegar neste resultado satisfatório”, afirmou o procurador-geral.
Atual presidente do Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento do Leste Fluminense (Conleste) e prefeito de Itaboraí, Sadinoel Oliveira Gomes Souza, ressaltou que o TAC representa a retomada do crescimento da região.
“O Leste Fluminense pode ser considerada a nova matriz econômica do estado. Com as obras do Comperj, que já foram retomadas, e com a chegada do Rota 3 e da UPGN, será possível atrair outras empresas, como termelétricas”, falou Sadinoel.